Consciência Negra
É
a expansão da arte
Feita
por aqueles
Que
sentem a ancestralidade africana
em
seu âmago
Todos
os dias
Herdada
em milênios.
Minha
consciência negra
Atravessa
os horizontes,
Ultrapassa
as estatísticas,
Vira
o jogo.
Promovendo
reparações
E
assumindo o que lhe é por direito.
Minha
consciência negra
Não
depende do seu olhar,
Ela
advém de referências outras:
Aqualtune,
Dandara, Elisa,
Lélia,
Beatriz, Carolina,
Conceição,
Hildália, Vilma.
Para
dentro de mim,
E
no abraço com as irmãs
Nessa
luta milenar.
Ana Fátima
Disponível em Cadernos Negros - poemas afro-brasileiros, volume 39. São Paulo: Quilombhoje, 2016.
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