Rota da Ancestralidade, Palmares! (Okê Arô)
A Dimas Santos, Baba mi
Tantos séculos de resistência
Fizeram,o negro firmar raízes,
Florir estratégias de luta,
Inundar de força seu canto,
Queimar as injustiças dos intolerantes,
Beijar o Alá de nossos ancestrais.
Nosso caminhar é um rito
Aquilombado nos braços de nossos orixás,
E continuamente aldeado
Na nossa matriz africana.
Se no grito de Zumbi em guerra,
Ogum se fez matéria,
Das matas de Ossayin corre nosso sangue
Para seguirmos nos ventos de Oya
Nossa singularidade e amor.
Nossa liberdade (re)nasceu em Palmares,
Em Palmares alçaremos voo.
Okê, axé que brota da terra.
Okê, axé das águas que fluem,
Palmarinamente,
O nosso canto, Okê!
Ana Fátima dos Santos
(publicado em Cadernos Negros vol. 37 - poemas afro-brasileiros, Quilombhoje, 2014, p.25)
Tantos séculos de resistência
Fizeram,o negro firmar raízes,
Florir estratégias de luta,
Inundar de força seu canto,
Queimar as injustiças dos intolerantes,
Beijar o Alá de nossos ancestrais.
Nosso caminhar é um rito
Aquilombado nos braços de nossos orixás,
E continuamente aldeado
Na nossa matriz africana.
Se no grito de Zumbi em guerra,
Ogum se fez matéria,
Das matas de Ossayin corre nosso sangue
Para seguirmos nos ventos de Oya
Nossa singularidade e amor.
Nossa liberdade (re)nasceu em Palmares,
Em Palmares alçaremos voo.
Okê, axé que brota da terra.
Okê, axé das águas que fluem,
Palmarinamente,
O nosso canto, Okê!
Ana Fátima dos Santos
(publicado em Cadernos Negros vol. 37 - poemas afro-brasileiros, Quilombhoje, 2014, p.25)
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