Minha consciência negra É a expansão da arte Feita por aqueles Que sentem a ancestralidade africana em seu âmago Todos os dias Herdada em milênios. Minha consciência negra Atravessa os horizontes, Ultrapassa as estatísticas, Vira o jogo. Promovendo reparações E assumindo o que lhe é por direito. Minha consciência negra Não depende do seu olhar, Ela advém de referências outras: Aqualtune, Dandara, Elisa, Lélia, Beatriz, Carolina, Conceição, Hildália, Vilma. Para dentro de mim, E no abraço com as irmãs Nessa luta milenar. Ana Fátima Disponível em Cadernos Negros - poemas afro-brasileiros, volume 39. São Paulo: Quilombhoje, 2016.
Ao Ivan Serafim Seios de negra com predominância do negro nos bicos quisera pintá-los sempre em minhas telas seios de negras putas ou donzelas quisera tê-los sempre em minhas mãos Seios de negras cantadas por Salomão Seios de negras vistos por Picasso Seios de negras em ritmo de samba Seios de negras em ritmo de jazz Seios de negras em ritmo de rumba Seios de negras em qualquer canção Seios de negras no "Keta Fodeba" Seios de negras nas danças da Guiné Seios de negras que vi no Candomblé Seios que entraram na minha poesia quente e plástico como o amor...
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