Trombassu

A moça da saia faceira
Redoma de moinho de vento montanhoso
Cala-se alvorada a aurora de cada glacial
Argilando terremoto de mar...mar...maresia
Exílio distante de mim próximo do céu
Com o bater das asas do meu subterfúgio
Quem quiser biografar minhas poesias
Que cante o vento no litoral de um filme exótico-místico;
Que cobice a sexualidade própria
Própria de lesbianismo-hétero
Com vozes do além...além...alienista
Ah! Quem me dera retornar ao campo dos lírios
Sem precisar de lira ou trovador
Como-te, bebo-te, saboreio-te
Oh! Fruta pêsseguida
Perseguida por pássaros pesarosos e possuídos.
Caixa de ouro prateado de bronze
Carcomido por ferrugem
Despeja sobre o sangue cascatas de castelos amoníacos
Anfóteros de minha terra!
Saudanhas de minha proa!
Guerreiros de meu açude!
Daí-nos, oh! Grande rei,
A divina desgraça humana
Com todo o seu glamour.
E com todo o seu horror-temor-tenor
Sejas quem mais estrutura tem
Sujes com graça, caldo e cana
Cana?
Cana.
Canaina-mora de tucinady carimã!
O quê que há? Ta invejando?
More em tudo que há de lar
Laranjeira, laroja, larenida,...
Larinda.
És o lar que eu sempre quis e nunca quererei.
Se quiseres querer, querido amor,
Queira não!
Xadrezando a vida dos selos,
Cachos de minha selva.


Fátima Sekai

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