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Mostrando postagens de 2009

Felicidade Interna

F alsa realidade é viver E sperando por alguém que será L igeiramente seu e com I nsensatez machuca o peito C orroendo-o depressivamente I ncomodando sem incomodar D ando um ar de paz e A ngustia. D eixando você cada dia mais E nraizado de amor. I nconstante fica a sua vida N itidez, não a conheces mais T oma-te um escorregão E ai está: tudo no chão. R etomas a cabeça no lugar e N otificas que tudo foi uma ilusão, A cabou. 2002

É assim que eu quero...

De olhos claros e observadores De cabelos longos de toda uma história De boca cerrada e com mil declarações amorosas De uma total concordância entre o pomo-de-adão E a declividade de seus ombros. De uma pela segurança exprimida Em seus braços que me envolve E me faz sonhar com alguém assim Tão perfeito. Onde a perfeição é a berração E a deformidade é o que encanta, na verdade. Não temas, pois sei que não vou te encontrar, Já não existes mais no planeta azul E nem ao sul da minha existência. 2002

Beleza

Bela beleza que na Sexta se acha Se acha na pele preta Se acha na certeza de quem sabe o que quer Nega a beleza que não põe mesa Que não traz felicidade E nem sempre vem com a idade Beleza pede licença à feiúra Dá charme e formosura Alegria à multidão Não abro alas à beleza Porque também traz tristeza E suja o chão O chão de quem não liga para essa metida E vê que beleza não é só a riqueza na cara Ah, é a pura raça É a coragem de viver. 17/01/2002

Outro lado do jogo

A alguém que não me ama É Cansei Ou será que percebi a verdade? Não dá pra ser e não será Chegou o meu e seu limite. Olhos agora para outra dimensão Corações em sentidos opostos Vidas definidas ao reflexo do nada Game over! Estou farta das minhas ilusões aventureiras... O jeito é dormir e esquecer que esse instante existe.

Amar, Amar... és a solução

A vida poderia ser mais simples Menos continua Ou mais duradoura. Mas se a vida fosse somente como quiséssemos Muita coisa ruim aconteceria Muita gente não cansa de fazer Aquilo que outros ditam como errado. O que é errado? Amar??? A quantas pessoas se deve amar? Quando se pode amar? Onde se pode expressar amor? São perguntas que prefiro responder a você No pé do ouvindo No cheiro do cangote No amor urgente e gostoso Em qualquer lugar da casa. Súplica: Me ame mais uma vez.... Dessa vez é para sempre.

Amar é...

É mais que está ao seu lado, Mais do que te olhar, Mais do que ganhar seu sorriso Mais do que te abraçar Amar é Lembrar de você Ter medo de te ter e te perder Vontade de te ver; É estar e pensar em você. 2002

Olhares

Tirastes do meu olhar um dia A ingenuidade E colocastes o fogo, O amor No encontro dos nossos olhares Amantes Saem faíscas E em nossos corações Branda o amor coberto pela ternura 2002
A poesia é o que sinto e sou Mas pode ser algo ou alguém Que é, que virá, que já foi.

Não é assim

Não tem porquê A sociedade é quem cria A polícia é quem manda O povo oprimido nas favelas é quem move E você, Vê tudo de sua tevê Vê e não sabe viver Nem criar um cordão sanitário Para impedir os limpos e certos da CPI de 2001 Não é assim Tem que reagir Temos que nos unir Para atingir A vitória e seguir A felicidade que se quis E eu, Estou aqui pra mostrar A minha realidade Para você e todo mundo parar Pra pensar O que será do futuro Que sonhamos no passado E destruímos no presente? Não me siga Porque assim como você Eu também estou sem rumo Levando chumbo, Cortando os pulsos No meio dessa civilização Eu encontrarei o infinito E eu decidirei meu caminho (me impuseram o infinito Ele está: ou no norte ou no sul Meu fim termina aqui)

Andanças

rememmoro minha andanças nesta estrada triste em que pousei meu lábio na poeira do tempo e assim, delicadamente, beijei as forças inimigas migrei para novas guaritas vomitei prazeres e amores perdidos. Desejo sua volta. Case-me, estou a sua espera.

Primeira vez

É Foi mais ou menos assim Eu de um canto Ele de outro O Amor não sabia o que dizer Impasse geral Mas continuamos nos olhando Conversamos... Versamos... Crispamos e Nos resolvemos... Estamos em fase de experimento. Mas quem dera tudo fosse a zanga, A lama de nossos rancores, As falácias e verdades de bocas alheias. É Os passos são únicos Só agora pude perceber e seguir Voltemos a fase de inércia... Resolvemo-nos, Crispamos, Versamos e nos olhamos Como a primeira vez.... Que bela vez. Desejei e você a mim Prolongados minutos, horas Meses...chegamos aos anos! É Tempo, tempo, tempo, tempo. Estarei aqui, Amor, para que Possa entrar em mim Para me tomar como sua Como a primeira vez.

Coincidência

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Ao magnífico Luis Cesar Souza Acredito eu que chegarei aos 45 anos de saturidade Sem me lembrar do dia que te perdi Na fila do pão perto do açougue. O sono bateu naquela hora após Dias a fio pensando na sua ausência. É fato. É factual. Chega a ser dialético...mas têm coisas Que eu não gosto de dizer. Lembrar até posso, mas .... Esbarro-me no torcicolo do amigo leonino! A vida dá topadas E em um cochilo de Deus te encontrei novamente Dessa vez em minha cama, molhado de suor e delírio. Loucos somos nós que Nos revemos nas páginas de um livro de ficção cientifica Ou numa sessão de cinema assustador. Quem sabe escolhi o cochilo? Não sei dizer. Sei que acordo só, pensativa, Querendo viver morrendo De saudades e alegria de mim.

Luta em Punho

Ojé, ojé Marcha na reta do todo líder Ganha o caminho Rebenta todas as alas Governa todas as voltas e segue Segue firme e luta mais Ejó, ejó Só sei se alguém me contar Bate-fora essa mentira Que nos afronta e engana em volta A frente da batalha Um povo mais que guerreiro Luta armada Pode ser nosso paradeiro. Se já não o é; Se arrumando para o embate Ojé, ojé na roda Kawô e vamos à roda O tempo não espera E a tarde já se foi É na noite é no dia, Kabecile vem É na sucessiva luta Que a preta vontade tem De governar o seu poder A nossa frente está o caminho E as encruzilhadas Fazem parte da vitória Ojé, ojé E que na frente de batalçha Só estejam as nossas guerreiras Com os nossos pretos-guerreiros Nesta luta mais que engatilhada. Fátima dos Santos/Luis Gustavo

CorreriA

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Todos vivem correndo na rua em casa pela vida pra quê tanta correria? É a vida contemporãnea ou seria pós-moderna? Sei lá... O lho o jornal on Line e não enchergo passado nem futuro é o presente sempre cada vez mais repetitivo e às vezes, Arcaico! Mas viver faz parte da rotina passa régua passa brisa e os amigos continuam correndo não tem como parar a rede até a gramatica formalíssima corre ...corre ...corre... corre atrás dos estudantes, dos analfabetos funcionais não deixa ninguem saber tudo pra quê? O poder é vento que ninguem segura é tão móvel e inexplicável que nem a física soube descrever tal trajetória são parábolas de segundo grau que não se explicam nem simplificam nossas mentes mentes ansiosas por novidade... é a regra do futuro.. é nossa temperatura de mil graus! É correria

Esperança Alimentada

Procuro um amor Alguém pra sentir Pra compartilhar Alguém além da palavra Do sentimento do ser Alguém pra dividir o sexo A sexualidade A sensibilidade de amar Um amor inesperado Alguém que se preenche a vida Alguém que não me vire ao contrario com traição Alguém que me ame viver Alguém que viva pra viver comigo Alguém além do propósito Além da fala E da alma Alguém como você não é.

Me recuso...

Me recuso a seguir as ordens desse povo Que não sabe o que é liberdade E prende o corpo e a alma dos outros. Não podemos aturar esse afronto. Não basta mandarem inconscientemente Querem pôr um muro na nossa vontade Quero sair! Quero vencer o domínio! (...) Quero que todos aqueles que mandaram Morra! Morra pra não voltar. Quero a liberdade na cabeça, no corpo, Na alma e na palavra. (...)

Mentir ou não mentir

Mentir ou não mentir? Eis a abstenção. Você já mentiu? Eu não. Talvez eu minta para mim mesma Descaradamente Talvez necessite de ajuda Para falar a verdade Pior seria se eu dissesse Que estou viva e lúcida Graças a la vida Me sinto morta. Tudo está acabado Nada existe diante do nada Não tenho o que reconstruir A não ser o meu sinismo. Eu sou egoísta? Não sei. Mentem para mim descaradamente E eu não Talvez eu não precise De nenhum conserto externo Talvez um amor me dê Algum tipo de conserto Vai a chuva e suas nuvens Vai o sol e nossas alegrias. Vai um pedaço de mim No seu triste sorriso alegre Não chorre, ele voltará E assim tu veras como ele Te ama. É vero! Se ele vai viajar, Viaje com ele. Se ele não ligar pra você Tudo bem Nem por isso deixe de sorrir Eu estou aqui e mereço Assim como ele Um pouco do seu sorriso Basta um dia, Só um dia para tudo começar Mas se eu começar você... ...você irá terminar? Acabe comigo já Porque eu fugi do tema Não admito a incompetência De deixarem me per

O que tem sido a vida

A vida tem sido assim tão remota, apressada, mortífera. Tudo mata hoje em dia. Balas doces que se transformam em açucares acumulados no lugar errado ...cortantes balas que atravessam nossas crianças negras nas casas de maderite empilhadas nas periferias. A vida de nós mulheres negras tem sido mais que tripla tem sido a vida e a morte de tudo de muitos mas lutamos para vivermos até onde pode até onde o sorriso de minha mãe por ter meio século de existência pode chegar e inspirar as outras mulheres negras da família. tudo é muito distante... numa correnteza tão rápida que nem conseguimos ver nossos erros escorrerem. A vida é um imaginário real. a vida tem sido nossos sonhos pelo avesso filmados pelas mãos das mentes sem perspectivas na versão boa de nossa Diáspora. A vida tem sido nossas sucessivas mortes. Quando faremos para que ela não seja mais?

Rastafary man, Dube

Grande fé e luta! Não se fariam presentes Se não fosse seu canto Cantou nosso sofrimento e nossos sonhos E em cada canto deste mundo Nós, irmãs e irmãos nos encontramos Em nosso doce e resistente colo. Prisioner, prisioneiros somos Mas o desejo de pulverizar este sistema Fez com que muitas casas O tivesse como mensageiro, pai. Minha família hoje canta a sua ida, Lucky. Não existe guarita. Deve existir? E no respeito apertado em nosso povo Minha família, sua família Nossa África recanta irmãos: Peter Toshy, Bill Holliday, Bob Marley, Felá Kuti, Rastafary man, Lucky Dube.

A lei

Nunca vi nada mais medonho, Mais estrondoso, Mais feroz, A lei da sobrevivência. Animais com instintos e destinos Na reviravolta do ciclo, Na mordida feroz, Na garra que fere, No último ato. No último miado... A expressão recaída, sem brilho. Definhando e horrorizando o ar. Ninguém olha o lado ferido; Ninguém olha o lado marcado; Todos só reparavam o fim, o depois; Todos só reparavam termino. Ninguém defende Protesto essa lei Ninguém defende Somos todos reféns Ninguém defende Mesmo na vida urbana Mesmo em Luanda Diariamente... Isso ocorre.

Poesia de Escada

Ao cativante Marilton Nascimento No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Antes fosse a pedra dos rins de Leila, pobre menina! Morreu tão jovem cuja culpa foi ter morado por 23 anos Comendo poeira e dormindo dias a fio Sem beber um copo de água pela falta da gota nas periferias. No meio do caminho tinha uma pedra Tinha uma pedra no meio do caminho Era a chuva de balas queimantes Em plena meia noite no final de linha da favela. Jorge, homem alto, “moreno”, 17 anos, trajes suspeitos Tropeçou na pedra ao voltar do trampo. No meio do caminho tinha uma rocha Tinha uma rocha no meio do caminho. Fabiana olha pela última vez o espelho sujo No banheiro inacabado do seu barraco. Tomou a caixa de remédios de pressão da sua avó Após receber um Não da dona do emprego e da grana. Loira e amarelada que mora na Pituba.
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Vida

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Só e Eu

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sozinha dentro do meu Eu recuso-me a solidão de sua confusão não sei com quem falo nem quem escuto mas ouço a sua negação Grito-me dentro de fora da casa da casa de nossa morada de nosso abrigo coração bandido esgoto minhas baterias de refém amorosa e me recarrego de seu olhar-espada olhar certeiro...inevitável Se eu pelo menos pudesse enchergar seu obscuro... se eu pelo menos sentisse sua pressão seu pulso seu golfo seu ar dentro de minhas salivas Ah...acidez de meu mangue! intenpérie pessoa E como já dizia o poeta Jorge Ben: ...pulo, pulo, pulo e não caio pulo, pulo, pulo e se eu caio caio dentro do balaio de flores do meu amor.... É assim que me sinto hoje Só e Eu um pouco sem você em mim

COPA

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Sou como uma mangueira Que cresce formosa e robusta Com sua copa de folhas, meus cabelos Irradiando galhos, meus desejos Chovendo frutos, meus amores Sou como a cidreira Sua leveza de respirar o ar da terra Revitaliza aqueles que a essenciam Faz brotar calmaria Sou Baobá, veste preciosa Raízes submersas e suspensas Folhas que abraçam todos os segredos Pensar, pairar, pertencer, perpassar Todos os mistérios do mundo Se encerra em mim Força motriz de muitas raízes Mas só uma enfrutesse de mim: A vida

Trombassu

A moça da saia faceira Redoma de moinho de vento montanhoso Cala-se alvorada a aurora de cada glacial Argilando terremoto de mar...mar...maresia Exílio distante de mim próximo do céu Com o bater das asas do meu subterfúgio Quem quiser biografar minhas poesias Que cante o vento no litoral de um filme exótico-místico; Que cobice a sexualidade própria Própria de lesbianismo-hétero Com vozes do além...além...alienista Ah! Quem me dera retornar ao campo dos lírios Sem precisar de lira ou trovador Como-te, bebo-te, saboreio-te Oh! Fruta pêsseguida Perseguida por pássaros pesarosos e possuídos. Caixa de ouro prateado de bronze Carcomido por ferrugem Despeja sobre o sangue cascatas de castelos amoníacos Anfóteros de minha terra! Saudanhas de minha proa! Guerreiros de meu açude! Daí-nos, oh! Grande rei, A divina desgraça humana Com todo o seu glamour. E com todo o seu horror-temor-tenor Sejas quem mais estrutura tem Sujes com graça, caldo e cana Cana? Cana. Canaina-mora de tucinady carimã! O qu

(Des)Importante

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Para quê eu vou tentar entender as pessoas Falam mal de mim pela frente, pelas costas Me criticam sem ter porquê Queria falar a todos essa agonia que me acompanha Não consigo parar de ouvir as vozes deles O ping-ping do ar-condicionado As críticas lingüísticas As críticas sociais Qual o meu papel aqui? Qual o papel deles? Qual a importância do sarcasmo? Me visto como quero Ando como preciso Falo como e o que penso E mando todos para PORRA, mesmo! Protesto tudo que existir porque Se não protestar não saberei que existem E uma coisa me deixa feliz: Eles sabem que eu existo Por isso me criticam, Me notam aqui tão notável. Quero que tudo acabe logo (a raiva, a agonia; os preconceitos Em mim estão acabando. Espere) Têm espiões na sala e ninguém nota O que importa? Só notei porque ele estava do meu lado (se abrindo comigo) Eu perco tudo para ganhar o nada Ganhar muita coisa Hoje e sempre Eles discutem sem argumentos E acham que têm tantos... Discordam novamente; pensam novamente E o pior de

Ser ou não ser?

Ser ou não ser? Eis a repetição... A única resposta é: - O ser não é ser por causa da essência Mas sim, a essência só é essência. Por causa do ser. Será?