MAFRO traz a Salvador exposição sobre a dança do Congo

 por Marcos Rodrigues
O Museu Afro-Brasileiro (MAFRO) da Universidade Federal da Bahia homenageia o Congo (país africano de tradição bantu) com a primeira mostra internacional sobre a dança do Kiebé-kiebé, que vem reforçar o estreitamento de laços e a cooperação cultural com o Brasil. A inauguração será no dia 9 de setembro (segunda-feira), às 18h, para convidados, com a presença de representantes da cultura dos dois países e atrações artísticas. No mesmo dia, às 10h, a curadoria recebe a imprensa para uma entrevista coletiva, na Sala Carybé. A exposição fica em cartaz até o dia 29 de novembro, de segunda a sexta, das 9h às 17h. 
Dentro da programação, no dia 10, às 16h30, o professor Théophile Obenga, da Universidade do Congo, faz uma conferência sobre a dança do Kiebé-kiebé, no Auditório da Faculdade de Medicina (Terreiro de Jesus). Especialista no tema, Obenga é professor de história e integra a comitiva que acompanha a exposição nesse giro internacional. 
O acervo pertencente ao Museu da Bacia do Congo, sediado em Brazzaville, permitirá ao povo brasileiro descobrir as raízes de seus possíveis ancestrais. Um catálogo e um filme documentário acompanham a exposição. A coordenadora do MAFRO Graça Teixeira afirma que o Kiebé-kiebé é uma manifestação muito rica e importante, tendo em vista as raízes africanas remanescentes no Brasil. “Durante uma semana em Brazzaville eu conheci as práticas dessa dança. É uma grande honra reproduzir esta exposição em território brasileiro, porque é a primeira vez que o Kiebe-Kiebe atravessa o Oceano Atlântico”, declarou.
Onde: Museu Afro Brasileiro
Endereço: Faculdade de Medicina da Bahia, Terreiro de Jesus - Centro Histórico de Salvador (BA). Tel: 71 3283-5540
Quando: 9 de setembro, 18h (para convidados). Visitação pública: 10 de setembro a 29 de novembro de 2013, de segunda a sexta, das 9h às 17h.
Contato:Universidade Federal da Bahia (tel: 71 3283-5540)
MAFRO site :http://www.mafro.ceao.ufba.br/
Entrevista coletiva: dia 9 de setembro, 10h, na Sala Carybé.

Dia 10, às 16h30, conferência sobre a dança do Kiebé-kiebé, com o professor Théophile Obenga, da Universidade do Congo, no Auditório da Faculdade de Medicina.
O Kiebe-Kiebe é uma dança mais executada nas zonas rurais. Logo, exportá-la para o Brasil é uma honra para a cultura congolesa. Na visão da curadora da exposição Lydie Pongault, o Museu da Bacia do Congo vai além das fronteiras para mostrar o seu patrimônio. “O Kiebe-Kiebe é nosso embaixador, porque o Museu Afro-Brasileiro, em Salvador, vai acolher essa exposição. Nós temos a vantagem desse museu estar na Universidade Federal da Bahia. É apenas um começo porque vamos consolidar nossas relações para fazer mais intercâmbios”, garante. A dança do Kiebe-Kiebe tem muita semelhança com algumas manifestações culturais afro-brasileiras. Na atualidade possui fortes indicações para ser tombada como patrimônio imaterial da UNESCO. De Salvador, a exposição segue para Cuba. 

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