Pense na felicidade de estar ao lado das minhas referências femininas!!!
Dia 21 de outubro de 2016, na Katuka, Salvador-Ba
Um encontro inesquecível com prosa, calor e muito de nós mulheres negras!
Minha consciência negra É a expansão da arte Feita por aqueles Que sentem a ancestralidade africana em seu âmago Todos os dias Herdada em milênios. Minha consciência negra Atravessa os horizontes, Ultrapassa as estatísticas, Vira o jogo. Promovendo reparações E assumindo o que lhe é por direito. Minha consciência negra Não depende do seu olhar, Ela advém de referências outras: Aqualtune, Dandara, Elisa, Lélia, Beatriz, Carolina, Conceição, Hildália, Vilma. Para dentro de mim, E no abraço com as irmãs Nessa luta milenar. Ana Fátima Disponível em Cadernos Negros - poemas afro-brasileiros, volume 39. São Paulo: Quilombhoje, 2016.
A Dimas Santos, Baba mi Tantos séculos de resistência Fizeram,o negro firmar raízes, Florir estratégias de luta, Inundar de força seu canto, Queimar as injustiças dos intolerantes, Beijar o Alá de nossos ancestrais. Nosso caminhar é um rito Aquilombado nos braços de nossos orixás, E continuamente aldeado Na nossa matriz africana. Se no grito de Zumbi em guerra, Ogum se fez matéria, Das matas de Ossayin corre nosso sangue Para seguirmos nos ventos de Oya Nossa singularidade e amor. Nossa liberdade (re)nasceu em Palmares, Em Palmares alçaremos voo. Okê, axé que brota da terra. Okê, axé das águas que fluem, Palmarinamente, O nosso canto, Okê! Ana Fátima dos Santos (publicado em Cadernos Negros vol. 37 - poemas afro-brasileiros, Quilombhoje, 2014, p.25)
Comentários
Postar um comentário