A lei

Nunca vi nada mais medonho,
Mais estrondoso,
Mais feroz,
A lei da sobrevivência.
Animais com instintos e destinos
Na reviravolta do ciclo,
Na garra que fere,
No último ato.
No último miado...
A expressão recaída, sem brilho.
Definhando e horrorizando o ar.
Ninguém olha o lado ferido;
Ninguém olha o lado marcado;
Todos só reparavam o fim, o depois;
Todos só reparavam o enterro.
Ninguém defende.
Protesto essa lei.
Mesmo na vida urbana
Mesmo em Luanda
Diariamente...

Fátima dos Santos
03/2003... bons tempos de reflexão.

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